A IMPORTANCIA DO SERVIÇO E DA RESPOSTA AO SERVIÇO NA FORMAÇÃO DE JOVENS JOGADORES
Basta observarmos um encontro de jogadores de top para nos apercebermos da importância que o serviço e a resposta ao serviço têm no ténis actual. Podemos confirmar esta observação empírica através de diversos estudos. Segundo Shonborn (1999), no ténis profissional masculino, cada jogador dispõe, em média, de 1,05 a 3,4 pancadas para resolver o ponto. Em pisos duros, 62% dos pontos decidem-se no serviço ou na resposta.
Actualmente os jogadores mais eficazes ao nível do serviço apresentam características semelhantes:
- Gesto técnico de serviço optimizado em termos biomecânicos;
- Servem frequentemente a velocidades superiores a 200 Km/h;
- Muita precisão no controlo da bola;
- Dominam (e variam frequentemente) os diferentes efeitos: chapado, slice e top-spin;
- Variam frequentemente a zona para onde servem: aberto, ao corpo, ao centro.
- Apostam frequentemente no “efeito surpresa”, principalmente em pontos importantes.
- Servem muitas vezes “ao corpo” do adversário (principalmente com 1º serviço);
- Utilizam “jogadas padrão”: serviço e primeira bola.
Relativamente à resposta ao serviço, também podemos encontrar semelhanças entre os jogadores especialistas neste gesto técnico:
- Respondem na zona da linha de fundo, e muitas vezes à frente da linha (principalmente na resposta ao 2º serviço);
- Respondem com movimento dinâmico: na passada, de um apoio para o outro (quando respondem ao serviço dirigido ao centro ou aberto) e muitas vezes com um salto lateral com os dois apoios (quando respondem a serviço dirigido ao corpo).
- Na resposta, principalmente ao 1º serviço, executam movimento curto, compacto e a “bloquear”.
- Procuram responder com movimento de trás para a frente, tentando entrar na diagonal para “cortar” a trajectória da bola;
- Procuram antecipar, em função da leitura da execução técnica do serviço, e do conhecimento que têm do adversário;
- Possuem elevada velocidade de reacção;
- Respondem com bolas rápidas e profundas;
- Respondem frequentemente para o centro do campo (para correr menos riscos e não “abrir” o campo ao adversário),
Quando trabalhamos com jovens tenistas, devemos ter a preocupação de lhes transmitir, desde cedo, os princípios técnicos e tácticos associados ao desenvolvimento do serviço e da resposta. Em nossa opinião, um jovem jogador que aspire a uma carreira profissional deve dominar, até aos 14 anos, todos os aspectos técnicos e tácticos atrás mencionados e deve estar treinado psicologicamente para valorizar a importância destes dois gestos técnicos. A optimização do serviço e da resposta depois desta idade deve estar relacionada, essencialmente, com o desenvolvimento das capacidades físicas (velocidade de reacção, potencia, etc).
Também é possível observar que, em termos internacionais, os melhores jogadores de sub 14 já possuem todas as soluções técnico-tácticas para o serviço e resposta, e já utilizam o serviço como “arma” para desequilibrar o jogo a seu favor.
Deste modo, para o desenvolvimento do serviço e da resposta, julgamos importante que os treinadores de jovens tenham as seguintes preocupações:
No serviço
- Ensinar e optimizar em termos biomecânicos;
- Ensinar todos os efeitos (chapado, top-spin, slice);
- Desenvolver o controlo da bola para zonas pré-definidas;
- Treino físico específico, direccionado essencialmente para a velocidade de execução/força explosiva;
- Ensinar todas as variantes tácticas: 1º serviço, 2º serviço, colocação da bola, efeito utilizado, serviço-rede, serviço e golpe de fundo;
- Ensinar/desenvolver a capacidade de jogar tacticamente com o serviço em função das características do adversário;
- Sensibilizar, desde cedo, para a importância de não perder o jogo de serviço.
- Treinar “jogadas padrão”;
Na resposta ao serviço
- Ensinar/desenvolver a resposta ao serviço como um gesto técnico específico;
- Ensinar/desenvolver diferentes tipos de resposta (slice, resposta agressiva, resposta defensiva);
- Ensinar todas as variantes tácticas: resposta ao 1º serviço, resposta ao 2º serviço, resposta e subida à rede, resposta a um jogador de serviço-rede;
- Ensinar/desenvolver a capacidade de jogar tacticamente com a resposta ao serviço em função das características do adversário;
- Desenvolver uma resposta agressiva (dentro do campo e jogar a bola na subida);
- Treino físico específico, direccionado essencialmente para desenvolvimento da velocidade de reacção;
- Treinar “jogadas padrão.
Na sessão de treino o treinador deve ter as seguintes preocupações:
- Trabalhar serviço e resposta em todos os treinos;
- Não deixar, por sistema, o treino do serviço/resposta para o final da sessão;
- Dedicar cerca de 20% a 30% do tempo de treino para trabalhar estas duas situações.
Embora não sejam factores decisivos para o sucesso nos escalões mais jovens (principalmente nos sub 12), julgamos que os treinadores devem estar sensibilizados para a importância do treino do serviço e da resposta ao serviço desde idades precoces. Se isso não acontecer, poderemos estar a hipotecar irremediavelmente o futuro do jogador.
Pedro Felner
e-mail: pfelner@hotmail.com
Actualmente os jogadores mais eficazes ao nível do serviço apresentam características semelhantes:
- Gesto técnico de serviço optimizado em termos biomecânicos;
- Servem frequentemente a velocidades superiores a 200 Km/h;
- Muita precisão no controlo da bola;
- Dominam (e variam frequentemente) os diferentes efeitos: chapado, slice e top-spin;
- Variam frequentemente a zona para onde servem: aberto, ao corpo, ao centro.
- Apostam frequentemente no “efeito surpresa”, principalmente em pontos importantes.
- Servem muitas vezes “ao corpo” do adversário (principalmente com 1º serviço);
- Utilizam “jogadas padrão”: serviço e primeira bola.
Relativamente à resposta ao serviço, também podemos encontrar semelhanças entre os jogadores especialistas neste gesto técnico:
- Respondem na zona da linha de fundo, e muitas vezes à frente da linha (principalmente na resposta ao 2º serviço);
- Respondem com movimento dinâmico: na passada, de um apoio para o outro (quando respondem ao serviço dirigido ao centro ou aberto) e muitas vezes com um salto lateral com os dois apoios (quando respondem a serviço dirigido ao corpo).
- Na resposta, principalmente ao 1º serviço, executam movimento curto, compacto e a “bloquear”.
- Procuram responder com movimento de trás para a frente, tentando entrar na diagonal para “cortar” a trajectória da bola;
- Procuram antecipar, em função da leitura da execução técnica do serviço, e do conhecimento que têm do adversário;
- Possuem elevada velocidade de reacção;
- Respondem com bolas rápidas e profundas;
- Respondem frequentemente para o centro do campo (para correr menos riscos e não “abrir” o campo ao adversário),
Quando trabalhamos com jovens tenistas, devemos ter a preocupação de lhes transmitir, desde cedo, os princípios técnicos e tácticos associados ao desenvolvimento do serviço e da resposta. Em nossa opinião, um jovem jogador que aspire a uma carreira profissional deve dominar, até aos 14 anos, todos os aspectos técnicos e tácticos atrás mencionados e deve estar treinado psicologicamente para valorizar a importância destes dois gestos técnicos. A optimização do serviço e da resposta depois desta idade deve estar relacionada, essencialmente, com o desenvolvimento das capacidades físicas (velocidade de reacção, potencia, etc).
Também é possível observar que, em termos internacionais, os melhores jogadores de sub 14 já possuem todas as soluções técnico-tácticas para o serviço e resposta, e já utilizam o serviço como “arma” para desequilibrar o jogo a seu favor.
Deste modo, para o desenvolvimento do serviço e da resposta, julgamos importante que os treinadores de jovens tenham as seguintes preocupações:
No serviço
- Ensinar e optimizar em termos biomecânicos;
- Ensinar todos os efeitos (chapado, top-spin, slice);
- Desenvolver o controlo da bola para zonas pré-definidas;
- Treino físico específico, direccionado essencialmente para a velocidade de execução/força explosiva;
- Ensinar todas as variantes tácticas: 1º serviço, 2º serviço, colocação da bola, efeito utilizado, serviço-rede, serviço e golpe de fundo;
- Ensinar/desenvolver a capacidade de jogar tacticamente com o serviço em função das características do adversário;
- Sensibilizar, desde cedo, para a importância de não perder o jogo de serviço.
- Treinar “jogadas padrão”;
Na resposta ao serviço
- Ensinar/desenvolver a resposta ao serviço como um gesto técnico específico;
- Ensinar/desenvolver diferentes tipos de resposta (slice, resposta agressiva, resposta defensiva);
- Ensinar todas as variantes tácticas: resposta ao 1º serviço, resposta ao 2º serviço, resposta e subida à rede, resposta a um jogador de serviço-rede;
- Ensinar/desenvolver a capacidade de jogar tacticamente com a resposta ao serviço em função das características do adversário;
- Desenvolver uma resposta agressiva (dentro do campo e jogar a bola na subida);
- Treino físico específico, direccionado essencialmente para desenvolvimento da velocidade de reacção;
- Treinar “jogadas padrão.
Na sessão de treino o treinador deve ter as seguintes preocupações:
- Trabalhar serviço e resposta em todos os treinos;
- Não deixar, por sistema, o treino do serviço/resposta para o final da sessão;
- Dedicar cerca de 20% a 30% do tempo de treino para trabalhar estas duas situações.
Embora não sejam factores decisivos para o sucesso nos escalões mais jovens (principalmente nos sub 12), julgamos que os treinadores devem estar sensibilizados para a importância do treino do serviço e da resposta ao serviço desde idades precoces. Se isso não acontecer, poderemos estar a hipotecar irremediavelmente o futuro do jogador.
Pedro Felner
e-mail: pfelner@hotmail.com
Tel: (+351) 919371824
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