A Flexão/Extensão de Pernas (Leg Drive) nos movimentos de potência no Ténis
O movimento de flexão/extensão de pernas, é de extrema importância para o ganho de velocidade em qualquer movimento de potência que tem como extremidade os membros superiores. A extensão das pernas, quando bem coordenada dentro do movimento, inicia uma aceleração que se irá propagar ao longo do corpo na seguinte sequência: Joelhos – cintura pélvica – estrutura abdominal – cintura escapular – e finalmente, o braço seguido da raquete (no caso do ténis). Encontra-mos este padrão de execução em outros movimentos de lançamento em outras modalidades, apesar de haverem sempre ligeiras diferenças, características da especificidade de cada modalidade. Veja-se exemplos de execuções em outras modalidades, tais como o lançamento do dardo ou o remate de andebol...
Quando falamos de movimentos de potência no ténis estamos basicamente a falar da direita e a esquerda batidas ou em topspin, e do serviço. As pernas desempenham um papel tão mais importante quanto maior for a componente angular do movimento, ou seja, no caso da nossa modalidade, quanto mais aberta for a posição de batimento (posição aberta ou semi-aberta – openstance ou semi-openstance).
Este movimento é extremamente importante nas execuções técnicas acima referidas visto que irá aumentar o pré-alongamento de todos os músculos agonistas do movimento em causa, ou seja, os músculos da parte anterior do tronco se estivermos a falar da direita ou do serviço, ou os músculos da parte posterior do tronco, tratando-se de uma esquerda. No caso específico do serviço, podemos aumentar a potência do movimento de rotação interna em cerca de 20% se executarmos uma extensão de pernas eficiente (Besier et al, 1999), sabendo que este movimento é um dos principais responsáveis pela velocidade de bola de um serviço de alto nível (Sprigings et al., 1994; Bahamonde, 1998). A amplitude do movimento de flexão/extensão de pernas dentro de parâmetros correctos, associada a uma velocidade elevada de extensão das pernas, irá provocar também um ponto de batimento mais alto no serviço (Elliott & Wood, 1983; Marshall & Elliott, 1999).
O grau óptimo de flexão de pernas, varia de pessoa para pessoa, no entanto, deve estar perto da amplitude em que o mesmo atleta atinge valores superiores de força, o que ronda os 110 graus de amplitude interna do joelho. Este grau de flexão faz com que a potência de saída seja optimizada, potenciando os factores referidos anteriormente. Para que haja um real aproveitamento dos factores relacionados com os membros inferiores, tem que haver uma ligação entre os membros inferiores e os membros superiores que suportam a raquete. Aqui, a estrutura abdominal e a coordenação têm um papel determinante! É preciso perceber se a flexão/extensão das pernas está ou não ligada com o tronco e membros superiores de uma forma sequencial, caso contrário, a energia gerada em baixo não terá consequências em cima. Outro factor determinante é a força existente ao nível abdominal. Esta tem de provocar uma estabilização adequada da bacia de modo a podermos transferir energia, no entanto, os músculos mais superficiais têm de ser trabalhados de uma forma dinâmica de modo a serem o mais explosivos possível durante uma execução de um movimento, quando se pretende que este seja explosivo. Assim, o trabalho nesta zona deve-se basear num trabalho de estabilização (core stability) para os músculos profundos, e um trabalho explosivo para os músculos superficiais, de modo a tirarmos o maior rendimento dos padrões técnicos do atleta, se estes estiverem correctamente desenvolvidos.
Para que os factores acima mencionados funcionem em harmonia, é necessário que o atleta esteja sempre em equilíbrio, razão pela qual a base (afastamento das pernas) é fundamental em todos os batimentos, principalmente quando falamos da direita e da esquerda.
Quando é que devemos começar a preocupar-nos com o desenvolvimento destes factores? Quais é que aparecem naturalmente? E quando?... Falaremos sobre isso numa próxima ocasião…
Quando falamos de movimentos de potência no ténis estamos basicamente a falar da direita e a esquerda batidas ou em topspin, e do serviço. As pernas desempenham um papel tão mais importante quanto maior for a componente angular do movimento, ou seja, no caso da nossa modalidade, quanto mais aberta for a posição de batimento (posição aberta ou semi-aberta – openstance ou semi-openstance).
Este movimento é extremamente importante nas execuções técnicas acima referidas visto que irá aumentar o pré-alongamento de todos os músculos agonistas do movimento em causa, ou seja, os músculos da parte anterior do tronco se estivermos a falar da direita ou do serviço, ou os músculos da parte posterior do tronco, tratando-se de uma esquerda. No caso específico do serviço, podemos aumentar a potência do movimento de rotação interna em cerca de 20% se executarmos uma extensão de pernas eficiente (Besier et al, 1999), sabendo que este movimento é um dos principais responsáveis pela velocidade de bola de um serviço de alto nível (Sprigings et al., 1994; Bahamonde, 1998). A amplitude do movimento de flexão/extensão de pernas dentro de parâmetros correctos, associada a uma velocidade elevada de extensão das pernas, irá provocar também um ponto de batimento mais alto no serviço (Elliott & Wood, 1983; Marshall & Elliott, 1999).
O grau óptimo de flexão de pernas, varia de pessoa para pessoa, no entanto, deve estar perto da amplitude em que o mesmo atleta atinge valores superiores de força, o que ronda os 110 graus de amplitude interna do joelho. Este grau de flexão faz com que a potência de saída seja optimizada, potenciando os factores referidos anteriormente. Para que haja um real aproveitamento dos factores relacionados com os membros inferiores, tem que haver uma ligação entre os membros inferiores e os membros superiores que suportam a raquete. Aqui, a estrutura abdominal e a coordenação têm um papel determinante! É preciso perceber se a flexão/extensão das pernas está ou não ligada com o tronco e membros superiores de uma forma sequencial, caso contrário, a energia gerada em baixo não terá consequências em cima. Outro factor determinante é a força existente ao nível abdominal. Esta tem de provocar uma estabilização adequada da bacia de modo a podermos transferir energia, no entanto, os músculos mais superficiais têm de ser trabalhados de uma forma dinâmica de modo a serem o mais explosivos possível durante uma execução de um movimento, quando se pretende que este seja explosivo. Assim, o trabalho nesta zona deve-se basear num trabalho de estabilização (core stability) para os músculos profundos, e um trabalho explosivo para os músculos superficiais, de modo a tirarmos o maior rendimento dos padrões técnicos do atleta, se estes estiverem correctamente desenvolvidos.
Para que os factores acima mencionados funcionem em harmonia, é necessário que o atleta esteja sempre em equilíbrio, razão pela qual a base (afastamento das pernas) é fundamental em todos os batimentos, principalmente quando falamos da direita e da esquerda.
Quando é que devemos começar a preocupar-nos com o desenvolvimento destes factores? Quais é que aparecem naturalmente? E quando?... Falaremos sobre isso numa próxima ocasião…
César Coutinho
Site: www.cesarcoutinho.com
Mail: ccoutinho@fmh.utl.pt
Tel: (+351)938663063
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